Avanços em técnicas minimamente invasivas para o tratamento de miomas uterinos: impacto nas taxas de fertilidade e recuperação pós-operatória
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14034828Palavras-chave:
técnicas minimamente invasivas, miomas uterinos, fertilidade, recuperação pós-operatóriaResumo
Este artigo apresenta uma revisão sistemática sobre os avanços em técnicas minimamente invasivas no tratamento de miomas uterinos, com foco no impacto dessas abordagens na fertilidade e na recuperação pós-operatória. Na introdução, descrevem-se as características dos miomas, destacando sua natureza benigna e dependente de hormônios, além dos fatores de risco e sintomas associados, como dor pélvica e sangramento uterino anormal. Métodos minimamente invasivos, como a embolização da artéria uterina (EAU), ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) e miomectomia laparoscópica, são apontados como alternativas promissoras ao tratamento cirúrgico convencional, permitindo a preservação da fertilidade e a rápida recuperação das pacientes. Na seção de metodologia, o artigo detalha os critérios de seleção dos estudos incluídos, com base em revisões de literatura nas bases de dados PubMed e LILACS, abrangendo publicações dos últimos 20 anos. Estudos que abordavam técnicas minimamente invasivas com foco em desfechos de fertilidade e recuperação pós-operatória foram priorizados, enquanto aqueles que não atendiam a esses critérios foram excluídos. Nos resultados e discussão, os estudos selecionados indicam que as técnicas minimamente invasivas têm mostrado vantagens significativas, como a EAU e o HIFU, que permitem uma recuperação mais rápida e menores taxas de complicações. A EAU demonstrou eficácia na redução do volume dos miomas e sintomas associados, embora possa ter impacto sobre a reserva ovariana. O HIFU, embora ainda experimental, mostra-se promissor na manutenção da fertilidade. A miomectomia laparoscópica, por sua vez, continua sendo a melhor escolha para mulheres que buscam preservar a fertilidade, com menores taxas de complicação e tempo de internação em comparação às cirurgias abertas. Na conclusão, o artigo reforça que os métodos minimamente invasivos para o tratamento de miomas uterinos oferecem alternativas eficazes para pacientes que desejam preservar a fertilidade, além de promoverem uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. A escolha do método, no entanto, deve considerar as características individuais da paciente, sendo necessário um planejamento personalizado que contemple aspectos como o tamanho e a localização dos miomas e o desejo de futuras gestações. Esses avanços tecnológicos mostram-se promissores, mas a necessidade de reintervenção e as complicações específicas de cada técnica evidenciam a importância de uma análise criteriosa para alcançar os melhores desfechos clínicos e reprodutivos.
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