Doença de Berger: principais aspectos da doença

Autores

  • Ana Clara Abreu Lima de Paula Universidade Federal de Juiz de Fora Autor
  • Pedro Henrique Santos Victória Centro Universitário de Belo Horizonte Autor
  • Maria Eduarda Cunha Bernardes Centro Universitário de Belo Horizonte Autor
  • Izabella Alves Pizani Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais Autor
  • Francisca Roberta Pereira Campos Centro Universitário INTA – UNINTA Autor
  • Nelson Pereira Lima Neto Universidade Federal de Pernambuco Autor
  • Lorena Milhomem Martins ITPAC Autor
  • Isabela Gomes Lima Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais Autor
  • Antonieta Botechia Dognani Unifenas - BH Autor
  • Sofia Ferreira Pena Quadros Centro Universitário de Belo Horizonte Autor

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.13220750

Palavras-chave:

Doença de Berger, Nefropatia por IgA, Glomerulonefrite

Resumo

A Doença de Berger, também conhecida como nefropatia por IgA, é uma glomerulonefrite primária caracterizada pela deposição anômala de imunoglobulina A (IgA) nas membranas basocelulares dos glomérulos renais. Descrita por Jean Berger em 1968, esta condição é uma das formas mais comuns de glomerulonefrite e pode levar a uma variedade de apresentações clínicas, desde hematúria microscópica e proteinúria até síndrome nefrótica e insuficiência renal crônica. A patogênese da Doença de Berger envolve uma combinação de predisposição genética e fatores ambientais que resultam em depósitos patológicos de IgA, causando inflamação e dano renal. O diagnóstico é baseado na biópsia renal, que revela depósitos anormais de IgA, e pode ser desafiador devido à sobreposição com outras glomerulopatias. O tratamento geralmente inclui o uso de medicamentos anti-hipertensivos e corticosteroides, e a resposta ao tratamento pode variar, com a progressão para insuficiência renal crônica sendo uma preocupação significativa. Avanços recentes na pesquisa têm mostrado que terapias adicionais, como imunossupressores e novas abordagens terapêuticas, podem oferecer benefícios para casos mais graves. A identificação precoce e o manejo individualizado são essenciais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.

Referências

BERGER, J., & HINGLAIS, N. (1968). Les dépôts anormaux d’immunoglobulines dans les glomérules rénaux dans certaines néphropathies chroniques. Journal of Urology and Nephrology, 74, 1-10.

D’AMICO, G. (2004). Natural history of idiopathic IgA nephropathy and factors influencing its progression. Seminars in Nephrology, 24(3), 179-196.

FABRIZI, F., & MESSA, P. (2020). Renal outcomes and treatment options in IgA nephropathy: A review. Journal of Clinical Medicine, 9(11), 3625. https://doi.org/10.3390/jcm9113625

FLOEGE, J., & LIU, Z. H. (2015). IgA nephropathy: Current understanding. Nature Reviews Nephrology, 11(7), 395-406. https://doi.org/10.1038/nrneph.2015.85

ROBERTS, I. S. D., & COOK, H. T. (2012). IgA nephropathy: Diagnostic and prognostic significance of histological findings. American Journal of Kidney Diseases, 59(5), 722-730. https://doi.org/10.1053/j.ajkd.2011.11.025

THONG, K. M., & TAN, K. (2019). Treatment strategies for IgA nephropathy: A comprehensive review. Clinical Kidney Journal, 12(4), 506-514. https://doi.org/10.1093/ckj/sfz001

Downloads

Publicado

08/05/2024

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

PAULA, Ana Clara Abreu Lima de et al. Doença de Berger: principais aspectos da doença. Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS), [S. l.], v. 1, n. 5, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.13220750. Disponível em: https://ojs.thesiseditora.com.br/index.php/jsihs/article/view/71.. Acesso em: 5 dez. 2025.