Evidências atuais sobre o diagnóstico e o tratamento da sífilis congênita
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17844728Palavras-chave:
Sífilis congênita, Diagnóstico, Tratamento, Transmissão vertical, Recém-nascidoResumo
A sífilis congênita é uma infecção vertical por Treponema pallidum, associada a desfechos como abortamento, prematuridade, natimortalidade, baixo peso ao nascer e manifestações clínicas no período neonatal. Este estudo teve como objetivo revisar os métodos de diagnóstico e tratamento da sífilis congênita. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com seleção de artigos publicados entre 2014 e 2024 nas bases PubMed, SciELO, LILACS e Google Scholar, por meio dos descritores “sífilis congênita”, “diagnóstico”, “tratamento” e “neonato”. Foram incluídos artigos em português, inglês ou espanhol, disponíveis em texto completo e relacionados ao tema. O diagnóstico envolve avaliação clínica e exames específicos, como testes treponêmicos e não-treponêmicos, análise do líquor, exames de imagem e radiografias. O tratamento varia conforme o quadro clínico do recém-nascido, incluindo esquemas com penicilina cristalina intravenosa ou penicilina G procaína intramuscular por dez dias em casos sintomáticos, e penicilina benzatina em dose única nos assintomáticos com seguimento ambulatorial garantido. A prevenção da transmissão vertical requer rastreamento sorológico em três momentos da gestação, adesão aos protocolos clínicos e abordagem do parceiro sexual. Apesar da existência de diretrizes, persistem falhas operacionais que limitam o controle efetivo da infecção.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
CAMACHO-MONTAÑO, A. M.; NIÑO-ALBA, R.; PÁEZ-CASTELLANOS, E. Sífilis congênita com hidropsia fetal: relato de quatro casos em um hospital geral de referência em Bogotá, Colômbia, entre 2016-2020. Revista Colombiana de Obstetricia y Ginecología, v. 72, n. 2, p. 149-161, abr./jun. 2021.
ÇELIK, M.; BULBUL, A.; USLU, S. Congenital Syphilis Presenting with Prenatal Bowel Hyperechogenicity and Necrotizing. Medical Bulletin of Sisli Etfal Hospital, v. 54, n. 1, p. 113-116, 2020.
FERNÁNDEZ, S. M. R. et al. Hydrops fetalis caused by congenital syphilis: An ancient disease? International Journal of STD & AIDS, v. 30, n. 14, p. 1436-1439, 2019.
FREITAS, F. et al. Rotinas em obstetrícia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
KIDD, S. et al. Uso de dados nacionais de vigilância da sífilis para desenvolver uma cascata de prevenção da sífilis congênita e estimar o número de casos potenciais de sífilis congênita evitados. Sexually Transmitted Diseases, v. 45, n. 9, p. S23-S28, 2018.
OLIVEIRA CARDOSO, C.; TOLEDANO, G. M. O. N. Congenital Nephrotic Syndrome due to Congenital Syphilis: A Case Report. Electronic Journal of General Medicine, v. 18, n. 2, p. em280, 25 fev. 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Syphilis. 2024.
PILLAY, S.; TOOKE, L. J. Symptomatic congenital syphilis in a tertiary neonatal unit in Cape Town, South Africa: High morbidity and mortality in a preventable disease. South African Medical Journal, v. 109, n. 9, p. 652-658, set. 2019.
RAC, M. W. F. et al. Syphilis During Pregnancy: A Preventable Threat to Maternal-Fetal Health. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 2017.
SLUTSKER, J. S.; HENNESSY, R. R.; SCHILLINGER, J. A. Fatores que contribuem para casos de sífilis congênita - Nova York, 2010-2016. MMWR Morbidity and Mortality Weekly Report, v. 67, n. 39, p. 1088-1093, 2018.
SOUSA, J. S.; SILVA, W. P. O; SILVA, J. P. M. Tratamento da sífilis congênita em recém-nascidos: uma revisão integrativa. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 7, n. 14, p. e14685-e14685, 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
