O papel do Suporte Nutricional Enteral em pacientes críticos
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15267880Palavras-chave:
Nutrição Enteral, Paciente Crítico, Terapia NutricionalResumo
Pacientes críticos apresentam elevado risco de complicações como perda de massa muscular, infecções e maior mortalidade hospitalar. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é essencial nesse contexto, sendo frequentemente indicada quando a via oral é inviável e o trato gastrointestinal permanece funcional. A TNE contribui para a preservação da mucosa intestinal, modulação imunológica e redução do catabolismo. Este estudo realizou uma revisão narrativa da literatura com abordagem qualitativa, com base em artigos publicados entre 2004 e 2020 nas bases PubMed, SciELO e Google Acadêmico. O objetivo foi analisar a influência da TNE na recuperação de pacientes críticos. Os resultados indicam que a TNE deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras 48 horas de internação em UTI, atingindo gradualmente a meta nutricional. A adequada ingestão de proteínas se mostrou mais determinante que a calórica, sendo associada à menor mortalidade e melhores desfechos clínicos. Fatores como controle glicêmico, presença de fibras dietéticas na fórmula e interrupções na administração da TNE impactam significativamente a eficácia do suporte nutricional. Conclui-se que a TNE precoce e bem monitorada melhora a recuperação, reduz o tempo de internação e a mortalidade em pacientes críticos. A atuação integrada de nutricionistas, médicos e equipe de enfermagem, bem como o uso de protocolos para minimizar interrupções, são fundamentais para otimizar os resultados da terapia nutricional enteral.
Referências
CABRAL, K. C. D. Nutrição enteral em pacientes críticos: análise de aporte calórico-protéico e desfechos clínicos. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2017. Disponível em: https:/n/repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185383? show=full. Acesso em: 24 mar. 2025.
CAMPOS, L. F. et al. Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus. BRASPEN J., v.35, Supl.4, p. 1, 2020. Disponível em: DOI: 10.37111/braspenj.diretrizDM2020. Acesso em: 24 marc. 2025.
CASEY, C. Suporte nutricional em cuidados intensivos. In: FARCY, D. A. Cuidados intensivos na medicina de emergência.Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2013. p. 541-550.
DE JESUS, C. A.; LEITE, L. D. O.; DA SILVA, I. C.; FATAL, L. B. D. S. Adequação calórico-
proteica, nutrição enteral precoce e tempo de permanência de pacientes críticos em uma unidade de terapia intensiva / Caloric-protein fitness, early enteral nutrition and time of stay for critical patients in an intensive care unit. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 2, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n2-292. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/27755. Acesso em: 24 mar. 2025.
DEL OLMO D, LOPEZ DEL VAL T, MARTINEZ DE ICAYA P, DE JUANA P,ALCAZAR V, KONING A, et al. [Fiber in nutrition: systemati review of the literature]. Nutr Hosp. 2004;19(3):167-74.
HEJAZI, N., MAZLOOM, Z., ZAND, F., REZAIANZADEH, A., & AMINI, A. (2016). Nutritional Assessment in Critically Ill Patients. Iranian journal of medical sciences, 41(3), 171–179.
KOEKKOEK WA, VAN SETTEN CH, OLTHOF LE, KARS JC, VAN ZANTEN AR. Timing of PROtein INtake and clinical outcomes of adult critically ill patients on prolonged mechanical VENTilation: The PROTINVENT retrospective study. Clin Nutr. 2019;38(2):883-90.
MCCLAVE, S. A., TAYLOR, B. E., MARTINDALE, R. G., WARREN, M. M., JOHNSON, D. R., BRAUNSCHWEIG, C., MCCARTHY, M. S., DAVANOS, E., RICE, T. W., CRESCI, G. A., GERVASIO, J. M., SACKS, G. S., ROBERTS, P. R., COMPHER, C., Society of Critical Care Medicine, & American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (2016). Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). JPEN. Journal of parenteral and enteral nutrition, 40(2), 159–211. https://doi.org/10.1177/0148607115621863
SANDOVAL, L. C. N.; CHAUD, D. M. A. Adequação da terapia nutricional enteral em pacientes críticos: uma revisão. Disciplinarum Scientia | Saúde, Santa Maria (RS, Brasil), v. 17, n. 3, p.
–472, 2017. DOI: 10.37777/2146. Disponível em:
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/2146. Acesso em: 24 mar. 2025.
SINGER, P., BLASER, A. R., BERGER, M. M., ALHAZZANI, W., CALDER, P. C., CASAER, M. P., HIESMAYR, M., MAYER, K., MONTEJO, J. C., PICHARD, C., PREISER, J. C., VAN ZANTEN, A. R. H., OCZKOWSKI, S., SZCZEKLIK, W., & BISCHOFF, S. C. (2019). ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit. Clinical nutrition (Edinburgh, Scotland), 38(1), 48–79. https://doi.org/10.1016/j.clnu.2018.08.037.
TOLEDO DO, PIOVACARI SMF, HORIE LM, MATOS LBN, CASTRO MG, CENICCOLA GD et al. Campanha “diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar.
BRASPEN J. 2018; 33(1):86-100.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
