Saúde materno-fetal e vulnerabilidade de gestantes de alto risco no sistema prisional: revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14930168Palavras-chave:
Gestantes de alto risco, Prisão, Saúde materno-fetal, Sistema prisionalResumo
A saúde materno-fetal no sistema prisional enfrenta desafios devido à precariedade da infraestrutura, acesso limitado a cuidados médicos e impacto psicossocial. Gestantes de alto risco sofrem vulnerabilidades adicionais, como histórico de violência e uso de substâncias. A separação precoce entre mãe e filho pode comprometer o vínculo materno e o desenvolvimento infantil. A legislação brasileira prevê assistência pré-natal e parto humanizado, mas sua efetividade é prejudicada por limitações estruturais e burocráticas. Este estudo, uma revisão de escopo, analisou a vulnerabilidade de gestantes no sistema prisional. A busca sistemática foi realizada em bases científicas como PubMed, Scopus e SciELO, utilizando descritores padronizados. Foram incluídos estudos que abordavam assistência materno-fetal, fatores de vulnerabilidade e impactos do encarceramento na gravidez. A análise categorizou os principais desafios enfrentados por essas mulheres e as estratégias existentes para mitigá-los. Os resultados indicam que a falta de assistência adequada aumenta riscos obstétricos e neonatais, incluindo parto prematuro e restrição de crescimento fetal. Condições carcerárias insalubres favorecem infecções, desnutrição e transtornos psiquiátricos. A ausência de suporte social e emocional agrava a saúde mental das gestantes. A implementação de políticas eficazes e humanizadas, como unidades materno-infantis e capacitação profissional, é essencial para minimizar os impactos negativos do encarceramento. Garantir um cuidado digno e intersetorial às gestantes privadas de liberdade pode reduzir desigualdades e promover melhores condições de vida para mães e filhos.
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