Análise dos casos de dengue em Pernambuco (2019-2024): tendências, fatores epidemiológicos e desafios no controle da doença
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14592075Palavras-chave:
Dengue, Aedes aegypti, PernambucoResumo
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua sendo um importante problema de saúde pública, especialmente em regiões tropicais como Pernambuco, Brasil. Este estudo teve como objetivo analisar a evolução dos casos de dengue no estado de Pernambuco entre 2019 e 2024, com ênfase nos casos hospitalizados, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os resultados indicam flutuações significativas na incidência da doença, com picos de hospitalizações em 2021 e 2024, refletindo a gravidade das infecções nesses anos. A circulação de múltiplos sorotipos do vírus, condições climáticas favoráveis à proliferação do vetor e a resistência crescente do Aedes aegypti aos inseticidas foram fatores importantes para a intensificação dos surtos. O estudo destaca a necessidade de aprimorar as estratégias de controle vetorial, fortalecer a vigilância epidemiológica e promover campanhas de conscientização da população. Iniciativas inovadoras, como o uso de mosquitos geneticamente modificados e vacinas contra a dengue, também são discutidas como alternativas no combate à doença.
Referências
HALSTEAD, S. B. Dengue. The Lancet, v. 370, n. 9599, p. 1644-1652, 2007.
GUZMAN, M. G.; HARRIS, E. Dengue. The Lancet, v. 385, n. 9966, p. 453-465, 2015.
LIMA-CAMARA, T. N. Activity patterns of Aedes aegypti and Aedes albopictus (Diptera: Culicidae) under natural and artificial conditions. Revista Brasileira de Entomologia, v. 60, n. 1, p. 15-21, 2016.
MOYES, C. L. et al. Contemporary status of insecticide resistance in the major Aedes vectors of arboviruses infecting humans. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 11, n. 7, e0005625, 2017.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue vaccine: WHO position paper. Weekly Epidemiological Record, v. 96, n. 25, p. 241-256, 2021.
BHATT, S. et al. The global distribution and burden of dengue. Nature, v. 496, p. 504-507, 2013.
BRAGA, C. et al. Seroprevalence and risk factors for dengue infection in socioeconomically distinct areas of Recife, Brazil. Acta Tropica, v. 113, n. 3, p. 234-240, 2010.
COSTA, C. F. et al. Field efficacy of insecticide-treated curtains for dengue vector control in Brazil: a pragmatic trial. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 7, n. 9, p. e2251, 2013.
GUBLER, D. J. Epidemic dengue/dengue hemorrhagic fever as a public health, social and economic problem in the 21st century. Trends in Microbiology, v. 10, n. 2, p. 100-103, 1998.
GUZMAN, M. G. et al. Dengue: challenges for vaccine development. Current Opinion in Immunology, v. 43, p. 1-8, 2016.
LIMA, A. C. S. et al. Spatial distribution and socio-environmental determinants of dengue in Northeast Brazil: an ecological approach. BMC Public Health, v. 19, n. 1, p. 1-10, 2019.
MACIEL-DE-FREITAS, R. et al. Why do we need alternative tools for dengue vector control? Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 107, n. 6, p. 828-833, 2012.
MARTINA, B. E. E. et al. Dengue virus pathogenesis: an integrated view. Clinical Microbiology Reviews, v. 22, n. 4, p. 564-581, 2009.
OLIVEIRA, S. S. et al. The burden of dengue hospitalization in Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 1-10, 2020.
SHEPARD, D. S. et al. Economic impact of dengue illness in the Americas. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 84, n. 2, p. 200-207, 2016.
SOUZA, T. M. A. et al. Dengue virus: a review on advances in control and prevention. Future Virology, v. 12, n. 9, p. 519-531, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.