Diagnóstico e manejo terapêutico da Síndrome de Cushing
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14444064Palavras-chave:
Síndrome de Cushing, Diagnóstico, Terapêutica, Tratamento Cirúrgico, Tratamento Medicamentoso, Tumores EndócrinosResumo
Introdução: A síndrome de Cushing (SC) é um distúrbio endócrino decorrente da exposição prolongada a níveis elevados de glicocorticoides, seja por uso exógeno ou produção endógena excessiva. Suas manifestações variam, incluindo complicações metabólicas, cardiovasculares e ósteo-musculares, dificultando o diagnóstico precoce e aumentando a mortalidade. Objetivo: Este artigo revisa avanços recentes em diagnóstico bioquímico, localização de tumores e modalidades terapêuticas da SC, bem como perspectivas futuras para seu manejo. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura exploratória e qualitativa nas bases PubMed, SciELO, LILACS, Google Acadêmico e MEDLINE, considerando publicações entre 2021 e 2023. Após triagem inicial, seis artigos foram analisados conforme critérios de inclusão que abordassem diretamente o diagnóstico ou tratamento da SC. Resultados e Discussão: A SC endógena, mais frequente em mulheres, muitas vezes resulta de adenoma hipofisário produtor de ACTH. O diagnóstico envolve confirmar hipercortisolismo, determinar a dependência ou não de ACTH e localizar a lesão por exames de imagem. O tratamento cirúrgico, geralmente transesfenoidal para adenomas hipofisários ou adrenalectomia para tumores adrenais, é a primeira escolha. Quando inviável, adotam-se terapias medicamentosas (inibidores da esteroidogênese, antagonistas do receptor de cortisol), radioterapia ou adrenalectomia bilateral. Novos tratamentos incluem terapias-alvo e técnicas de imagem molecular, ampliando a precisão diagnóstica e a eficácia terapêutica. Considerações Finais: A SC é um desafio clínico complexo, exigindo abordagem individualizada. Os recentes avanços em diagnóstico e terapia oferecem melhor controle do hipercortisolismo, minimizando complicações. Pesquisas contínuas e inovações terapêuticas prometem aprimorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes, tornando o tratamento mais seguro, eficaz e menos invasivo.
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