Barreiras e impactos psicossociais na adesão ao tratamento da Tuberculose
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14188597Palavras-chave:
Tuberculose, Adesão ao tratamento, Saúde mental, Fatores psicossociais, EpidemiologiaResumo
Introdução: A tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, permanece como uma doença desafiadora para saúde pública, afetando milhões de pessoas a cada ano, sobretudo em regiões de alta vulnerabilidade social e econômica. Devido à duração prolongada e complexidade do tratamento, a adesão é dificultada por fatores psicossociais, barreiras econômicas e o estigma social associado à doença. Objetivo: Analisar as barreiras psicossociais e os impactos psicológicos que influenciam a adesão ao tratamento nos grupos mais acometidos pela Tuberculose. Metodologia: Esta pesquisa constitui uma revisão de literatura narrativa, visando compilar e analisar estudos sobre os fatores que influenciam a adesão ao tratamento à tuberculose. A coleta de dados foi realizada entre julho e outubro de 2024, utilizando bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science e Google Acadêmico. Para garantir a abrangência e precisão dos resultados, aplicaram-se Descritores em Saúde (DeCS) como “tuberculose,” “adesão ao tratamento,” “saúde mental,” “fatores psicossociais,” e “epidemiologia.”. Resultados e Discussão: O estigma e o sofrimento psicológico, estão diretamente associados ao abandono do tratamento, assim como o uso de drogas e álcool. A inclusão de apoio psicológico, junto a terapia medicamentosa, revela-se essencial para combater os impactos psicológicos relacionados à tuberculose, promovendo um ambiente mais favorável ao tratamento e aumentando a possibilidade de sucesso. Conclusão: O acompanhamento psicológico ajuda os pacientes a enfrentar o estresse e as dificuldades emocionais relacionadas à doença e ao tratamento, enquanto as estratégias de adesão, como educação em saúde, suporte contínuo e possíveis incentivos, podem motivá-los a seguir corretamente as orientações médicas.
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