Atresia das Vias Biliares: avanços no diagnóstico, tratamento e manejo multidisciplinar
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13374224Palavras-chave:
Atresia biliar, Via biliar, HepatologiaResumo
A atresia das vias biliares é uma condição congênita rara e grave que afeta principalmente lactentes, caracterizada pela obstrução e destruição dos ductos biliares, resultando em colestase e dano hepático progressivo. Esta condição é a principal causa de transplante hepático em crianças pequenas e pode levar a complicações graves, como cirrose biliar, se não for tratada precocemente. A etiologia da atresia biliar é complexa e multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, embora a compreensão completa de seus mecanismos ainda esteja em desenvolvimento. O diagnóstico é desafiador e depende da combinação de sinais clínicos, exames laboratoriais e de imagem, com a confirmação geralmente realizada por colangiografia ou laparotomia exploratória. O tratamento padrão é a cirurgia de Kasai, que visa criar uma via alternativa para o fluxo biliar ao conectar o fígado ao intestino delgado. A eficácia desta cirurgia pode ser influenciada pela idade do paciente e pela gravidade da atresia no momento da operação. Estudos recentes mostram que a detecção precoce e a realização da cirurgia em uma idade mais jovem estão associadas a melhores resultados a longo prazo e a uma menor necessidade de transplante hepático. Além da cirurgia, o manejo da atresia biliar exige um suporte contínuo e multidisciplinar, incluindo hepatologistas, cirurgiões pediátricos e nutricionistas, para otimizar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.
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