Síndrome de Guillain-Barré: manifestações clínicas, abordagens diagnósticas e tratamento
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13295029Palavras-chave:
Neuropatia Autoimune Aguda, Polineuropatia Inflamatória Aguda, Síndrome de Guillain-BarréResumo
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma neuropatia periférica autoimune aguda caracterizada por uma rápida progressão de fraqueza muscular que pode levar a paralisia, frequentemente associada à perda de reflexos. Identificada pela primeira vez em 1916, a SGB é geralmente desencadeada por uma resposta imunológica que ataca a mielina dos nervos periféricos, frequentemente após infecções virais ou bacterianas, como as causadas por Campylobacter jejuni, vírus da gripe, Epstein-Barr e citomegalovírus. O diagnóstico é desafiador e se baseia em uma combinação de avaliação clínica, análise do líquor cerebrospinal e estudos eletrofisiológicos, sendo a dissociação albuminocitológica no líquor e padrões de condução nervosa aspectos fundamentais para a confirmação. O tratamento eficaz da SGB inclui terapias imunológicas, como a imunoglobulina intravenosa (IVIg) e a plasmaferese, que são mais eficazes quando administradas precocemente. Apesar desses avanços no tratamento, a SGB pode levar a sequelas funcionais persistentes em uma proporção significativa de pacientes, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar para reabilitação e suporte contínuo. A compreensão atual da SGB envolve a análise de suas características clínicas, métodos diagnósticos e opções de tratamento, com um foco contínuo em inovações e áreas que necessitam de pesquisa adicional para otimizar o manejo da doença.
Referências
DALAKAS, M. C. (2015). Guillain-Barré syndrome: an update. Journal of Neurology, 262(3), 575-593. doi:10.1007/s00415-015-7720-4
FOKKE, C., VAN DEN BERG, B., DRENTHEN, J., & GROEN, J. (2014). Diagnosis of Guillain-Barré syndrome and validation of Brighton criteria. Brain, 137(1), 33-43. doi:10.1093/brain/awt285
HADDEN, R. D., GREGSON, N. A., & HUGHES, R. A. (1998). Electrophysiological classification of Guillain-Barré syndrome and its correlation with prognosis. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 65(2), 209-213. doi:10.1136/jnnp.65.2.209
HUGHES, R. A., SWAN, A. V., & VAN DOORN, P. A. (2007). Intravenous immunoglobulin for Guillain-Barré syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2, CD002063. doi:10.1002/14651858.CD002063.pub2
KUWABARA, S., & YUKI, N. (2013). Diagnosis and treatment of Guillain-Barré syndrome in 2013. Neurology, 81(12), 1164-1170. doi:10.1212/WNL.0b013e3182a68b99
LINGSMO, H. F., RINKEL, G. J., & DE VRIES, J. S. (2016). Long-term outcomes in Guillain-Barré syndrome: a systematic review. European Journal of Neurology, 23(10), 1560-1571. doi:10.1111/ene.13038
MCGROGAN, A., GARLEPP, M., & SEAMAN, J. (2014). The epidemiology of Guillain-Barré syndrome worldwide. Neuroepidemiology, 43(2), 68-81. doi:10.1159/000361558
NAIR, P. P., XU, C., & LIU, W. (2020). The role of rehabilitation in Guillain-Barré syndrome: A review. NeuroRehabilitation, 46(4), 485-496. doi:10.3233/NRE-200909
SEJVAR, J. J., KOHL, K. S., GIDUDU, J., & AMATO, A. A. (2011). Guillain-Barré syndrome and Fisher syndrome: a review. Current Opinion in Neurology, 24(5), 532-540. doi:10.1097/WCO.0b013e32834e8b64
WILLISON, H. J., JACOBS, B. C., & VAN DOORN, P. A. (2016). Guillain-Barré syndrome. The Lancet, 388(10045), 717-727. doi:10.1016/S0140-6736(16)00339-1
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
