Pré-natal de alto risco: a importância do acompanhamento pediátrico e obstétrico
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13294682Palavras-chave:
Pré-natal de alto risco, Multidisciplinaridade, Cuidados prenatais, Saúde materno-infantilResumo
O pré-natal de alto risco é um acompanhamento especializado para gestantes com condições de saúde ou fatores clínicos que aumentam o risco de complicações durante a gravidez, parto ou puerpério, como doenças crônicas, idade materna avançada, histórico de complicações obstétricas ou gestações múltiplas. O objetivo é garantir uma monitorização rigorosa e personalizada para prevenir ou minimizar possíveis agravos, assegurando um desfecho gestacional mais seguro. Globalmente, enquanto 87% das gestantes têm acesso a pelo menos uma consulta pré-natal, menos de três em cada cinco recebem o mínimo recomendado de quatro consultas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revisou suas diretrizes, recomendando um mínimo de oito consultas pré-natais para reduzir a mortalidade perinatal. No Brasil, as diretrizes recomendam um mínimo de seis consultas. O pré-natal de alto risco deve ser abrangente, integrando acompanhamento profissional compartilhado e completo, com foco na identificação de fatores de risco e sinais de alerta. A assistência pré-natal visa ao desenvolvimento gestacional, nascimento de um recém-nascido saudável e ausência de agravos à saúde materna, agregando abordagem psicossocial e atividades educativas. Apesar dos avanços, a mortalidade materna continua sendo um problema de saúde pública, com complicações gestacionais sendo as principais causas de morte em mulheres em idade reprodutiva. A assistência pré-natal tem se destacado no Brasil, sendo recomendado o atendimento às gestantes de risco por uma equipe multidisciplinar. Esta revisão sistemática destaca a importância do acompanhamento obstétrico e pediátrico no pré-natal de alto risco, ressaltando que uma abordagem multidisciplinar e contínua melhora os desfechos de saúde materno-infantis e reduz complicações. Os estudos apontam a importância do acompanhamento obstétrico e pediátrico em gestações de alto risco, evidenciando os desafios emocionais e fisiológicos enfrentados por essas gestantes. É fundamental um atendimento especializado que permita a identificação precoce de problemas e ofereça intervenções adequadas, visto que a assistência pré-natal é crucial para a construção de um vínculo de confiança com os profissionais de saúde, promovendo a adesão aos cuidados recomendados. O modelo de atenção em Unidades de Saúde da Família se mostrou eficaz, facilitando o início precoce do pré-natal e um acompanhamento contínuo e integrado, enquanto a colaboração multidisciplinar é vital para garantir um cuidado abrangente. Contudo, a simples ampliação do número de consultas não é suficiente; é necessário adotar uma abordagem qualitativa que considere a complexidade das necessidades das gestantes e melhore a acessibilidade aos serviços de saúde. Além disso, o acompanhamento conjunto é essencial para a prevenção de infecções congênitas, que apresentam riscos significativos para a saúde materno-infantil, ressaltando a urgência de ações de conscientização e prevenção durante a gravidez.
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