Câncer de Colo do Útero: uma análise da taxa de mortalidade e dos custos financeiros no SUS entre 2018 e 2022
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13150644Palavras-chave:
Brasil , Câncer de colo do útero , despesas financeiras , mortalidade , SUSResumo
Introdução: O câncer de colo do útero é causado pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), sendo o terceiro tipo de câncer mais comum em pessoas com órgãos sexuais femininos no Brasil. A partir de métodos de rastreio, pode ser evitável. Objetivo: Analisar o perfil de óbitos por câncer de colo do útero através dos dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e observar os gastos para o SUS, utilizando o Sistema de Informações Hospitalar (SIH). Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico descritivo com abordagem quantitativa entre os anos de 2018 a 2022. As variáveis idade, sexo, local de ocorrência do óbito e estimativas populacionais por macrorregião foram selecionadas. Resultados: As faixas etárias de 55 a 59 (13,9%) foram as mais acometidas e os hospitais foram os locais com maiores óbitos ocorridos (83,7%). O maior número de óbitos por câncer de colo de útero ocorreu na região Sudeste (32,3%), entretanto, a taxa de mortalidade da região Norte se sobressaiu (31,3%). Durante todos os anos analisados, o maior número de mortes foi visto em 2022 (21,1%). Discussão e conclusão: Ao observar os gastos, nota-se o maior gasto na região Nordeste, no ano de 2022 e com pacientes com idades entre 40 a 44 anos de idade. Ao compreender a interconexão entre mortalidade e custos, pode-se entender as despesas financeiras e a morbimortalidade causada pelo câncer de colo de útero no Brasil.
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