Descolamento prematuro de placenta e seus impactos na mortalidade e morbidade materna e neonatal: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13149764Palavras-chave:
Descolamento prematuro de placenta, Mortalidade materna, Mortalidade neonatalResumo
Introdução: O descolamento prematuro da placenta (DPP) é uma condição obstétrica grave, caracterizada pela separação precoce da placenta do útero, resultando em altas taxas de morbidade e mortalidade para mãe e bebê. Fatores como hipertensão, trauma e uso de substâncias estão associados ao DPP, que pode levar a complicações graves, incluindo hemorragia intensa e prematuridade neonatal. A identificação precoce e o manejo eficaz, que incluem monitoramento contínuo e controle da hipertensão, são cruciais para melhorar os desfechos maternos e neonatais. Metodologia: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura, focada em práticas baseadas em evidências para aprimorar a assistência ao DPP. Utilizou-se a estratégia PICo para formular perguntas de pesquisa e foram seguidas cinco etapas metodológicas. Após revisar 2.395 trabalhos, selecionaram-se 11 artigos relevantes para analisar fatores que influenciam a mortalidade e morbidade materna e neonatal. Resultados e Discussão: O DPP é uma condição crítica que varia globalmente, refletindo fatores socioeconômicos e a qualidade do pré-natal. No Brasil, a prevalência é alta, com risco aumentado associado à hipertensão, idade avançada e tabagismo. O DPP resulta em complicações graves, como hemorragia e prematuridade, exigindo manejo rigoroso e prevenção por meio de cuidados pré-natais de qualidade e monitoramento precoce. Conclusão: O DPP é uma condição grave com alta mortalidade e morbidade, resultando em hemorragia intensa e prematuridade. Identificação precoce e manejo adequado, com monitoramento e intervenções multidisciplinares, são essenciais para melhorar os desfechos. Diretrizes específicas e mais pesquisas são necessárias para reduzir complicações e aprimorar a saúde materno-infantil.
Referências
AKKAYA, H.; UYSAL, G; YILMAZ, G. Comparison of maternal neonatal outcomes of normotensive and hypertensive placental abruptions: A novel approach. Medicine, v. 103, n. 26, p. e38633–e38633, 28 jun. 2024.
ALMEIDA, N. de. S.; GOLDSTEIN, R. A. Impactos psíquicos nas vivências de mães de bebê com extremo baixo peso internado em UTI Neonatal. Rev. SBPH, São Paulo , v. 25, n. 1, p. 84-96, jun. 2022.
ALVES, G. et al. Descolamento de placenta e seus riscos dentro da gestação, junto ao apoio multiprofissional. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 1, p. 1196–1210, 16 jan. 2024.
ANTUNES, M. B.; ROSSI, R. M.; PELLOSO, S. M. Relationship between gestational risk and type of delivery in high risk pregnancy. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 54, 2020.
ARDISSINO, M. et al. Maternal hypertensive traits and adverse outcome in pregnancy: a Mendelian randomization study. Journal of hypertension, v. 41, n. 9, p. 1438–1445, 5 jul. 2023.
BRASIL, G. D. et al. Impacto da pré-eclâmpsia grave na saúde materna e fetal. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 2, p. 803–812, 8 fev. 2024.
BRUINSMA, M. A. W. et al. Does placental abruption cause neonatal anemia? Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, 18 maio 2022.
EAL, M. DO C. et al. Prenatal care in the Brazilian public health services. Revista de Saude Publica, v. 54, p. 08, 2020.
FARIAS, S. et al. The profile of patients with postpartum hemorrhage admitted to the obstetric intensive care: a cross-sectional study. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, v. 46, 1 jan. 2024.
GUIMARÃES, M. H. D. Deslocamento Prematuro De Placenta E A Contribuição Do Enfermeiro E Equipe De Enfermagem. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 1, n. 1, 31 jan. 2024.
KALE, P. L.; FONSECA, S. C. Restrição do crescimento intrauterino, prematuridade e baixo peso ao nascer: fenótipos de risco de morte neonatal, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 39, n. 6, 2023.
LI, Y. et al. Analysis of 62 placental abruption cases: Risk factors and clinical outcomes. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology, v. 58, n. 2, p. 223–226, mar. 2019.
QIAN, Y. et al. Early versus delayed umbilical cord clamping on maternal and neonatal outcomes. Archives of Gynecology and Obstetrics, v. 300, n. 3, p. 531–543, 15 jun. 2019.
SANTOS, V. C. et al. Fatores associados à mortalidade materna por descolamento prematuro da placenta na gestação. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 12, p. e13756–e13756, 4 dez. 2023.
SCHNEIDER, L. R.; PEREIRA, R. P. G.; FERRAZ, L. Prática Baseada em Evidências e a análise sociocultural na Atenção Primária. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, n. 2, 2020.
TITA, A. T. et al. Treatment for Mild Chronic Hypertension during Pregnancy. The New England Journal of Medicine, v. 386, n. 19, 2 abr. 2022.
WADA, Y. et al. Maternal outcomes of placental abruption with intrauterine fetal death and delivery routes: A nationwide observational study. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, v. 102, n. 6, p. 708–715, 5 abr. 2023.
ZHANG, J. T. et al. Risks of Placental Abruption and Preterm Delivery in Patients Undergoing Assisted Reproduction. JAMA network open, v. 7, n. 7, p. e2420970–e2420970, 10 jul. 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.