Amiloidose por Transtirretina (ATTR): uma revisão sistemática das evidências diagnósticas e terapêuticas – 2025
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17794903Palavras-chave:
amiloidose por transtirretina, cardiomiopatia infiltrativa, neuropatia amiloidótica, tafamidis, vutrisiran, terapias modificadoras de doençaResumo
Introdução: A amiloidose por transtirretina (ATTR), em suas formas hereditária (ATTRv) e selvagem (ATTRwt), emergiu como causa prevalente de cardiomiopatia e neuropatia progressiva em adultos, especialmente idosos. Os avanços diagnósticos e o desenvolvimento de terapias modificadoras de doença transformaram o manejo clínico. Objetivo: Avaliar sistematicamente as evidências contemporâneas sobre epidemiologia, diagnóstico e tratamento da ATTR, com foco em estudos randomizados e diretrizes internacionais. Métodos: Realizou-se revisão sistemática de estudos publicados nas bases PubMed/MEDLINE e ClinicalTrials.gov até novembro de 2025, utilizando os descritores transthyretin amyloidosis, ATTR cardiomyopathy, hereditary transthyretin amyloidosis, tafamidis, patisiran, vutrisiran, inotersen, eplontersen, acoramidis. Incluíram-se ensaios clínicos randomizados, coortes com n≥20 e guidelines; excluíram-se relatos de caso e estudos narrativos. Resultados: Foram incluídos 112 estudos relevantes. O diagnóstico baseou-se em algoritmo integrado envolvendo exclusão de amiloidose AL, cintilografia óssea com 99mTc-PYP/DPD/HMDP e genotipagem do gene TTR. Tafamidis permanece como estabilizador de TTR com maior robustez de evidência para ATTR-CM. Silenciadores de RNA (patisiran, vutrisiran, inotersen, eplontersen) demonstraram benefício robusto em ATTRv-PN, e dados recentes de vutrisiran sugerem redução de mortalidade e eventos cardiovasculares em ATTR-CM. Acoramidis surge como nova opção eficaz. Terapias emergentes incluem anticorpos “fibril-clearing” e edição gênica CRISPR. Conclusão: A ATTR tornou-se doença tratável, com terapias efetivas e diagnóstico cada vez mais acessível. O manejo precoce e a avaliação em centros especializados permanecem essenciais para otimizar a sobrevida e a qualidade de vida.
Referências
Benson, M. D. et al. Inotersen treatment for hereditary transthyretin amyloidosis. New England Journal of Medicine, v. 379, n. 1, p. 22-31, 2018.
Coelho, T. et al. Hereditary ATTR neuropathy. Journal of Neurological Sciences, v. 429, p. 15-25, 2021.
Damy, T. et al. Epidemiology of ATTRwt amyloidosis. European Heart Journal, v. 42, p. 1901-1912, 2021.
European Society of Cardiology. ESC Guidelines for Cardiomyopathies. 2023.
Gillmore, J. D. et al. Nonbiopsy diagnosis of cardiac transthyretin amyloidosis. Circulation, v. 133, p. 2404-2412, 2016.
HELIOS-A Investigators; HELIOS-B Investigators. Lancet; New England Journal of Medicine, 2023–2025.
Maurer, M. S. et al. Tafamidis treatment for transthyretin amyloid cardiomyopathy. New England Journal of Medicine, v. 379, p. 1007-1016, 2018.
American Heart Association; American College of Cardiology. AHA/ACC Guidelines for Heart Failure. 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
