Plantas medicinais e fitoterápicos: avaliação do conhecimento de acadêmicos de Farmácia em uma instituição de ensino superior do Norte de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17225342Palavras-chave:
Fitoterapia, Plantas Medicinais, Políticas públicas de saúdeResumo
O uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos tem se consolidado como prática terapêutica de relevância cultural e crescente interesse científico. No entanto, lacunas persistem no conhecimento de futuros profissionais da saúde, especialmente no que se refere às políticas públicas e normativas que regulamentam seu uso no Brasil. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar o conhecimento e as percepções de acadêmicos de Farmácia de uma instituição privada do município de Montes Claros – MG sobre plantas medicinais, medicamentos fitoterápicos, políticas nacionais e regulamentações associadas. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, quantitativo e transversal, realizado com 132 estudantes de ambos os sexos, mediante aplicação de questionário semiestruturado. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Os resultados revelaram predomínio do sexo feminino (65,9%) e da faixa etária entre 18 e 28 anos (78,0%). Verificou-se que 65,9% dos acadêmicos souberam diferenciar plantas medicinais de medicamentos fitoterápicos, enquanto 93,2% relataram já ter utilizado tais recursos. Apesar dessa aceitação expressiva, o conhecimento sobre políticas e normativas mostrou-se limitado: apenas 29,5% conheciam a PNPIC, 22,0% a PNPMF, 21,2% o Programa Farmácia Viva, 35,6% a Resolução nº 546/2011 e 31,1% a RDC nº 26/2014. Conclui-se que, embora haja ampla receptividade ao uso de fitoterápicos, permanecem deficiências no domínio técnico-científico e regulatório, reforçando a necessidade de maior inserção da fitoterapia nos currículos acadêmicos para a formação de profissionais capacitados ao uso racional e seguro desses recursos.
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