Papel da Atenção Primária à Saúde na redução da mortalidade materna e infantil em áreas rurais

Resumo

A diminuição da mortalidade materna e infantil é um desafio em áreas rurais devido às dificuldades de acesso à saúde. A atenção Primária à Saúde (APS) tem papel essencial na redução dessas taxas, proporcionando cuidados contínuos e preventivos. A falta de infraestrutura, profissionais qualificados e acompanhamento pré-natal adequado são fatores que agravam a vulnerabilidade materno-infantil. Este estudo objetivou analisar o papel da APS  na redução da mortalidade materna e infantil em áreas rurais, destacando os desafios e estratégias para o fortalecimento da assistência. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e SciELO, utilizando descritores controlados. Os critérios de inclusão abrangeram estudos entre 2020 e 2024, excluindo aqueles que tratassem de contextos urbanos. A análise seguiu um enfoque temático, organizando os achados em categorias. Evidenciou-se que a APS tem papel fundamental no pré-natal, na assistência ao parto e no acompanhamento neonatal, mas enfrenta desafios como falta de profissionais, infraestrutura precária e barreiras geográficas. A descentralização dos serviços obstétricos, a criação de casas de apoio para gestantes de risco e o uso da telemedicina são estratégias que podem otimizar o cuidado. Estratégias como fortalecimento da Estratégia Saúde da Família e qualificação dos profissionais são fundamentais para melhorar esses indicadores. A articulação entre saúde, educação e assistência social também é essencial para reduzir as desigualdades. Conclui-se que a redução da mortalidade materno-infantil em áreas rurais requer o fortalecimento da APS, capacitação profissional e políticas intersetoriais que garantam acesso equitativo à saúde.