Apendicite aguda complicada: variações anatômicas e o desafio diagnóstico - uma abordagem clínico-cirúrgica

Resumo

O trabalho descreve o caso clínico de J.O.S., um paciente do sexo masculino, 30 anos, com diagnóstico de apendicite aguda complicada, destacando as variações anatômicas e os desafios enfrentados durante o manejo. O paciente apresentou sintomas clássicos de apendicite, como dor abdominal localizada no quadrante inferior direito, febre e leucocitose. No entanto, também apresentou sintomas como vômitos, diarreia, mal estar geral, disúria e dor lombar a direita que dificultaram o diagnóstico da apendicite aguda complicada. O diagnóstico foi confirmado por exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, que também revelaram variações anatômicas no posicionamento do apêndice, aumentando a complexidade do caso. A discussão abordou a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de intervenção cirúrgica rápida para evitar complicações graves. A técnica operatória escolhida foi a apendicectomia aberta, que, apesar das variações anatômicas, foi realizada com sucesso. O trabalho também detalha o manejo anestésico, as possíveis complicações peri e pós-operatórias, como infecção da ferida cirúrgica e abscessos intra-abdominais, e as estratégias para minimizá-las. O desfecho do caso foi favorável, com o paciente apresentando boa recuperação pós-operatória e alta hospitalar sem intercorrências. O estudo reforça a importância do conhecimento anatômico detalhado, da habilidade técnica e da tomada de decisão rápida no manejo de casos complexos de apendicite aguda, contribuindo para a literatura médica com um relato que ilustra os desafios e as estratégias para superá-los.