Agitação psicótica na emergência: principais drogas utilizadas no manejo farmacológico

Resumo

A agitação psicomotora (AMP) é um estado de inquietação motora e tensão mental frequentemente associado a transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e transtorno bipolar, além de estar presente em emergências psiquiátricas pediátricas e em indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA). A AMP pode evoluir para agressividade e violência, tornando-se um desafio para a equipe de saúde. O reconhecimento precoce e a abordagem terapêutica adequada são fundamentais para minimizar riscos e evitar intervenções coercitivas desnecessárias. Esta revisão sistemática investiga as principais drogas utilizadas no manejo farmacológico da agitação psicótica na emergência, analisando sua eficácia, segurança e impacto clínico. A pesquisa foi conduzida em bases científicas como PubMed, LILACS e SciELO, considerando estudos publicados nos últimos 20 anos sobre antipsicóticos típicos e atípicos, benzodiazepínicos e outras opções terapêuticas. Os resultados apontam que o desescalonamento verbal e o manejo ambiental devem ser a primeira linha de tratamento, enquanto a escolha da medicação deve considerar a etiologia da agitação. Em quadros psicóticos, loxapina inalatória, olanzapina, risperidona, aripiprazol e haloperidol são as opções mais utilizadas, enquanto em casos não psicóticos, como ansiedade e abstinência de substâncias, os benzodiazepínicos são indicados. A loxapina inalatória se destaca por seu início de ação rápido e menor necessidade de contenção física. No contexto pediátrico e no TEA, estratégias individualizadas são essenciais para reduzir o uso excessivo de medicação e melhorar a segurança do atendimento. A revisão conclui que protocolos estruturados e embasados em evidências são essenciais para otimizar o manejo da agitação psicótica na emergência, garantindo tratamento eficaz, redução de riscos e um ambiente mais seguro para pacientes e profissionais de saúde.