Uso da cirurgia robótica na revolução das cirurgias minimamente invasivas em neurocirurgia: avanços e desafios

Resumo

Os avanços na cirurgia minimamente invasiva têm sido impulsionados pela integração de tecnologias de navegação e robótica, trazendo melhorias significativas em áreas como neurocirurgia e ortopedia. Desde os métodos rudimentares descritos por Hipócrates até a introdução de sistemas modernos, como a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) e dispositivos robóticos, o foco tem sido aumentar a precisão, segurança e eficiência dos procedimentos. As salas de cirurgia híbridas, que combinam navegação e robótica, representam um marco na medicina moderna, permitindo intervenções menos invasivas e melhores resultados clínicos, especialmente em condições complexas como trauma espinhal e tumores. Esta revisão sistemática investigou os avanços, desafios e impacto clínico da cirurgia robótica em procedimentos minimamente invasivos na neurocirurgia. Foram analisados estudos das últimas duas décadas, priorizando aqueles que abordavam precisão cirúrgica, segurança e desfechos clínicos em procedimentos complexos, como a colocação de parafusos pediculares e ressecções tumorais. Além disso, foram avaliados desafios como custo, curva de aprendizado e acesso à tecnologia, ressaltando as lacunas existentes na literatura e a necessidade de estudos mais abrangentes. Os resultados evidenciaram alta eficácia e segurança da robótica, com taxas de precisão acima de 97% na colocação de implantes e baixa taxa de complicações. Tecnologias como navegação 3D e braços robóticos têm transformado a abordagem cirúrgica, promovendo intervenções menos invasivas, redução de complicações pós-operatórias e tempos de recuperação mais curtos. Contudo, ainda é necessária uma investigação mais profunda sobre os impactos a longo prazo e o custo-benefício dessas inovações, para consolidar sua aplicação como padrão em neurocirurgia e expandir seu impacto para um maior número de pacientes. Os resultados desta revisão destacam os benefícios inegáveis da integração de navegação e robótica em cirurgias minimamente invasivas, demonstrando avanços significativos em precisão, segurança e eficiência. Com taxas de sucesso superiores a 97% em aplicações como colocação de parafusos pediculares e ressecções tumorais, essas tecnologias estão transformando a prática cirúrgica, especialmente em neurocirurgia, ao reduzir complicações e acelerar a recuperação dos pacientes. Apesar desses progressos, a revisão também aponta para lacunas importantes na literatura, como a necessidade de estudos mais amplos e controlados para avaliar os impactos de longo prazo, o custo-benefício e os desafios relacionados à curva de aprendizado e à acessibilidade tecnológica. A evolução contínua dessas inovações exige uma abordagem colaborativa e embasada em evidências sólidas para superar esses desafios. Conclui-se que a navegação e a robótica representam um marco no avanço das cirurgias minimamente invasivas, com potencial para se tornarem padrões em neurocirurgia e outras especialidades. No entanto, sua implementação bem-sucedida depende de investigações futuras que consolidem seu papel e ampliem sua aplicabilidade, beneficiando um número cada vez maior de pacientes e garantindo melhores desfechos clínicos.