Retinopatia Diabética: impacto do controle glicêmico na progressão da doença

Resumo

A Retinopatia Diabética (RD) é uma complicação microvascular associada ao diabetes mellitus, sendo uma das principais causas de cegueira evitável em adultos. Este artigo analisa o impacto do controle glicêmico na progressão da RD, abordando mecanismos fisiopatológicos, evidências clínicas e diretrizes. A RD resulta de alterações estruturais na retina causadas pela hiperglicemia crônica, hipertensão e dislipidemia. Estudos, como o DCCT e o UKPDS, evidenciam que o controle glicêmico intensivo reduz significativamente o risco de desenvolvimento e progressão da RD: até 76% no diabetes tipo 1 e 25% no tipo 2. A revisão sistemática destacou os benefícios de tecnologias como monitores contínuos de glicose e medicamentos modernos, como inibidores de SGLT2, no manejo da RD. No entanto, desafios incluem desigualdades no acesso a tratamentos avançados e baixa adesão terapêutica. Estratégias multidisciplinares, integrando endocrinologia, oftalmologia e educação em saúde, são cruciais para um manejo eficaz. Políticas públicas que promovam equidade no acesso a tecnologias modernas também são fundamentais. O estudo reconhece limitações, como a dependência de dados secundários, e sugere pesquisas futuras para explorar intervenções personalizadas e reduzir desigualdades no manejo da RD.