Casos de Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) entre os anos de 2015 e 2024 no estado de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14509045Palavras-chave:
Aedes aegypti, Pernambuco, Síndrome Congênita, ZikaResumo
A epidemia do vírus Zika, que teve início no Brasil em 2015, gerou um dos maiores desafios para a saúde pública global, especialmente após a associação do vírus à Síndrome Congênita associada ao Zika (SCZ), com destaque para o aumento de casos de microcefalia e outras malformações neurológicas em recém-nascidos. Este estudo teve como objetivo analisar os casos de SCZ no estado de Pernambuco entre 2015 e 2024, utilizando dados do sistema TABNET do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram analisados o número total de casos, a distribuição por sexo e a evolução temporal da epidemia. Os resultados indicam um pico de casos em 2016, com 8.588 notificações, seguido por uma redução gradual nos anos subsequentes. A maior parte dos casos foi registrada entre o sexo masculino, com uma prevalência consistente ao longo dos anos. A queda nos casos após 2016 reflete, provavelmente, as medidas de controle do vetor Aedes aegypti e o aumento na conscientização e prevenção. Este estudo contribui para a compreensão da dinâmica da epidemia e a avaliação das ações de saúde pública implementadas para mitigar seus efeitos.
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