HIV e abordagem cirúrgica: estratégias avançadas para prevenção de infecções e complicações pós-transplante
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14226680Palavras-chave:
HIV, transplantes, imunossupressão, complicações pós-operatóriasResumo
O HIV é um retrovírus da subfamília Lentivírus que compromete o sistema imunológico ao atacar linfócitos T CD4+, essenciais na resposta imune, levando à imunossupressão e predisposição a doenças crônicas. Marcadores como a contagem de CD4+ e a carga viral são cruciais para o manejo da infecção. Pacientes em terapias imunossupressoras enfrentam riscos elevados de complicações, como rejeição de enxertos e desenvolvimento de câncer, especialmente em cenários cirúrgicos complexos, ressaltando a necessidade de estratégias eficazes para reduzir riscos e melhorar desfechos clínicos. A revisão analisou estudos das últimas duas décadas sobre estratégias para reduzir complicações pós-transplante em pacientes HIV-positivos. Foram incluídos artigos focados em transplantes e cirurgias complexas, avaliando intervenções como antibióticos profiláticos e manejo de terapias antirretrovirais. Estudos sem relevância direta ou robustez clínica foram excluídos. A análise destacou tendências e lacunas no manejo dessas complicações, com recomendações para práticas clínicas personalizadas e abordagens multidisciplinares. Foram revisados 120 estudos, com 7 selecionados para análise final. Evidências destacam o impacto da imunossupressão prolongada, que aumenta a predisposição a infecções e câncer, enquanto regimes avançados de manejo mostraram eficácia no controle do HIV e complicações pós-operatórias. Estudos recentes apontam para a necessidade de estratégias inovadoras, como indução de tolerância imunológica e perfusão ex vivo, para reduzir rejeições e otimizar tratamentos. Resultados em transplantes renais mostraram taxas de sobrevivência promissoras, apesar de desafios como rejeições agudas e interações medicamentosas. Avanços no manejo de pacientes HIV-positivos são evidentes, mas desafios persistem, como rejeições frequentes e efeitos adversos da imunossupressão prolongada. A indução de tolerância imunológica ainda não é amplamente aplicável, e novas pesquisas são essenciais para desenvolver estratégias eficazes e personalizadas. Foco em terapias emergentes, marcadores preditivos e abordagens multidisciplinares é necessário para melhorar a qualidade de vida e sobrevida desses pacientes.
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