Evolução das técnicas minimamente invasivas em cirurgia pediátrica: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13880582Palavras-chave:
Cirurgia minimamente invasiva, Pediatria, Inovações tecnológicasResumo
Este estudo aborda a evolução da cirurgia minimamente invasiva (CMI) pediátrica, destacando seus benefícios, como recuperação mais rápida, menor trauma e melhor estética, além da necessidade de ferramentas específicas devido às particularidades da anatomia infantil. O uso da laparoscopia em crianças mostrou-se eficaz em reduzir internações e melhorar os resultados clínicos, apesar de desafios técnicos. A introdução da cirurgia robótica trouxe novas possibilidades, com avanços notáveis em urologia, gastroenterologia e ginecologia pediátrica, permitindo uma maior precisão em procedimentos complexos. A revisão sistemática analisou os avanços nas TMI em pediatria ao longo dos últimos 20 anos, avaliando intervenções cirúrgicas, manejo pós-operatório e inovações tecnológicas. Dos 150 estudos iniciais, 25 foram revisados integralmente, resultando na seleção de 5 estudos que mais se alinharam aos objetivos da pesquisa. Esses estudos analisaram o impacto clínico das TMI, apontando tendências e lacunas, como a necessidade de mais dados para validar a eficácia das novas abordagens. Os resultados indicam que as técnicas como a microlaparoscopia e cirurgia robótica têm permitido cirurgias menos invasivas, com menores complicações e tempos de recuperação. No entanto, apesar dos avanços, há a necessidade de mais estudos clínicos robustos para validar a segurança e eficácia dessas técnicas, especialmente em áreas promissoras como a cirurgia fetal. Além dos aspectos técnicos, o estudo também enfatiza a importância do treinamento adequado dos cirurgiões. Modelos anatômicos realistas e tecnologias como impressões 3D se mostraram úteis no treinamento de novas gerações de cirurgiões. Alternativas não farmacológicas, como o uso de robôs humanoides para reduzir a ansiedade pré-operatória em crianças, também foram destacadas. Apesar de o futuro da CMI pediátrica parecer promissor, barreiras como o custo elevado de equipamentos e a falta de treinamento adequado, especialmente em países como o Brasil, ainda limitam sua ampla implementação. Superar esses obstáculos é crucial para garantir que as TMI sejam amplamente adotadas, proporcionando melhores desfechos clínicos para os pacientes pediátricos.
Referências
Bindi, Edoardo et al. “Editorial: Minimally invasive pediatric surgery: how to improve and overcome limitations.” Frontiers in surgery vol. 11 1446901. 17 Jul. 2024, doi:10.3389/fsurg.2024.1446901.
Brunner, Susanne Eva et al. “Minimally Invasive Bimanual Fetal Surgery-A Review.” Children (Basel, Switzerland) vol. 9,9 1377. 13 Sep. 2022, doi:10.3390/children9091377.
Mei, Hong, and Shaotao Tang. “Robotic-assisted surgery in the pediatric surgeons' world: Current situation and future prospectives.” Frontiers in pediatrics vol. 11 1120831. 14 Feb. 2023, doi:10.3389/fped.2023.1120831.
Meinzer, Andreas et al. “Advances and Trends in Pediatric Minimally Invasive Surgery.” Journal of clinical medicine vol. 9,12 3999. 10 Dec. 2020, doi:10.3390/jcm9123999.
Pogorelić, Zenon. “Advances and Future Challenges of Minimally Invasive Surgery in Children.” Children (Basel, Switzerland) vol. 9,12 1959. 13 Dec. 2022, doi:10.3390/children9121959.
Rombaldi, Marcelo Costamilan et al. “Barriers to diffusion and implementation of pediatric minimally invasive surgery in Brazil.” BMC medical education vol. 24,1 906. 23 Aug. 2024, doi:10.1186/s12909-024-05897-y.
Shu, Boshen et al. “Pediatric Minimally Invasive Surgery-A Bibliometric Study on 30 Years of Research Activity.” Children (Basel, Switzerland) vol. 9,8 1264. 21 Aug. 2022, doi:10.3390/children9081264.
Stringel, Gustavo et al. “Minimally Invasive Surgery in Pediatric Trauma: One Institution's 20-Year Experience.” JSLS : Journal of the Society of Laparoendoscopic Surgeons vol. 20,1 (2016): e2015.00111. doi:10.4293/JSLS.2015.00111.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.