Queloides: desafios clínicos e estratégias de tratamento
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13464535Palavras-chave:
Queloide, Pele, DermatologiaResumo
Os queloides são cicatrizes anômalas que resultam de uma resposta hipertrófica da pele a um trauma, como cortes, queimaduras ou cirurgias, levando a um crescimento excessivo de tecido fibroso que se estende além dos limites da lesão original. Essas cicatrizes são mais comuns em indivíduos com pele mais escura e apresentam uma base genética significativa, indicando que a predisposição familiar pode influenciar o seu desenvolvimento. A etiologia dos queloides é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Mutações em genes relacionados ao metabolismo do colágeno e à cicatrização de feridas são frequentemente observadas, assim como uma superexpressão de citocinas pró-inflamatórias que podem perpetuar a formação de tecido cicatricial excessivo. O diagnóstico dos queloides é primariamente clínico, baseado na aparência característica da lesão e no histórico do paciente, mas pode ser complementado por exames histopatológicos que revelam uma deposição densa de colágeno na derme reticular. Diversas abordagens terapêuticas são utilizadas, como a excisão cirúrgica, injeções intralesionais de corticosteroides, radioterapia, tratamentos a laser e crioterapia. No entanto, a taxa de recidiva é alta, o que torna o manejo dos queloides um desafio clínico constante. O desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e a pesquisa de tratamentos emergentes, como a terapia a laser e o uso de interferons, estão em andamento para melhorar os resultados a longo prazo. A escolha do tratamento ideal depende de múltiplos fatores, incluindo a localização, o tamanho da lesão e a resposta prévia à terapia, destacando a necessidade de uma abordagem personalizada para cada paciente.
Referências
AKAI, S.; AKIMOTO, M.; OGAWA, R.; HYAKUSOKU, H. The relationship between keloid growth pattern and stretching tension: visual analysis using the finite element method. Annals of Plastic Surgery, v. 60, p. 445, 2008.
Davis, S. A.; Feldman, S. R.; McMichael, A. J. Management of keloids in the United States, 1990-2009: an analysis of the National Ambulatory Medical Care Survey. Dermatologic Surgery, v. 39, p. 988, 2013.
Huang, C.; Wu, Z.; Du, Y.; Ogawa, R. The epidemiology of keloids. In: Téot, L.; Mustoe, T. A.; Middelkoop, E.; Gauglitz, G. G. (Eds.). Textbook on Scar Management: State of the Art Management and Emerging Technologies. Springer, 2020. p. 29.
Huang, C.; Ogawa, R. The vascular involvement in soft tissue fibrosis - Lessons learned from pathological scarring. International Journal of Molecular Sciences, v. 21, 2020.
Kassi, K.; Kouame, K.; Kouassi, A.; et al. Quality of life in black African patients with keloid scars. Dermatology Reports, v. 12, p. 8312, 2020.
Kiprono, S. K.; Chaula, B. M.; Masenga, J. E.; et al. Epidemiology of keloids in normally pigmented Africans and African people with albinism: population-based cross-sectional survey. British Journal of Dermatology, v. 173, p. 852, 2015.
Kouotou, E. A.; Nansseu, J. R.; Omona Guissana, E.; et al. Epidemiology and clinical features of keloids in Black Africans: a nested case-control study from Yaoundé, Cameroon. International Journal of Dermatology, v. 58, p. 1135, 2019.
Ogawa, R.; Akaishi, S. Endothelial dysfunction may play a key role in keloid and hypertrophic scar pathogenesis - Keloids and hypertrophic scars may be vascular disorders. Medical Hypotheses, v. 96, p. 51, 2016.
Ogawa, R.; Akaishi, S.; Kuribayashi, S.; Miyashita, T. Keloids and hypertrophic scars can now be cured completely: Recent progress in our understanding of the pathogenesis of keloids and hypertrophic scars and the most promising current therapeutic strategy. Journal of Nippon Medical School, v. 83, p. 46, 2016.
Ogawa, R. Keloid and hypertrophic scarring may result from a mechanoreceptor or mechanosensitive nociceptor disorder. Medical Hypotheses, v. 71, p. 493, 2008.
Ogawa, R. The most current algorithms for the treatment and prevention of hypertrophic scars and keloids: A 2020 update of the algorithms published 10 years ago. Plastic and Reconstructive Surgery, v. 149, p. 79e, 2022.
Salminen, P.; Pajaanen, H.; Rautio, T.; et al. Antibiotic therapy vs appendectomy for treatment of uncomplicated acute appendicitis: The APPAC randomized clinical trial. JAMA, v. 313, p. 2340-2348, 2015.
Sartelli, M.; Baiocchi, G. L.; Di Saverio, S.; et al. Prospective observational study on acute appendicitis worldwide (POSAW). World Journal of Emergency Surgery, v. 13, p. 19, 2018.
Talan, D. A.; Di Saverio, S. Treatment of acute uncomplicated appendicitis. New England Journal of Medicine, v. 385, p. 1116-1123, 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.