Depressão Pós-Parto: principais aspectos da doença
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13278488Palavras-chave:
Depressão Pós-Parto, Depressão Puerperal, PuerpérioResumo
A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno afetivo significativo que pode afetar até 20% das mulheres após o parto, manifestando-se geralmente nas primeiras semanas ou meses após o nascimento do bebê. Caracterizada por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e uma sensação profunda de inadequação, a DPP não só compromete o bem-estar emocional da mãe, mas também pode ter sérias repercussões para a saúde do bebê e o desenvolvimento do vínculo mãe-bebê. A prevalência e a gravidade da DPP variam conforme fatores biológicos, psicológicos e sociais, como alterações hormonais após o parto, predisposições genéticas, estresse psicossocial e falta de suporte social. O diagnóstico precoce é fundamental e frequentemente envolve o uso de ferramentas de triagem, como a Escala de Depressão Pós-Parto de Edinburgh (EPDS), e uma avaliação clínica detalhada. As opções de tratamento para DPP incluem abordagens psicossociais, como terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia interpessoal, e intervenções farmacológicas, com destaque para os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Além das intervenções diretas, o suporte social e a educação sobre a condição desempenham um papel crucial na recuperação e prevenção de recaídas. A integração de estratégias de tratamento eficazes e a promoção de ambientes de apoio são essenciais para melhorar os resultados para as mães e seus bebês.
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