Farmacoterapia do Câncer: revisão sobre os anticorpos monoclonais
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17353578Palavras-chave:
Anticorpos Monoclonais, Neoplasias, Tratamento FarmacológicoResumo
A oncologia tem passado por avanços notáveis, impulsionados pelo desenvolvimento de terapias mais eficazes e seguras. Nesse contexto, os anticorpos monoclonais (mAbs) emergem como uma alternativa promissora às abordagens convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia, que enfrentam limitações significativas. Reconhecendo a relevância desse tema, este estudo busca aprofundar o conhecimento sobre os mAbs, explorando suas principais características, mecanismos de ação, aplicações clínicas, efeitos adversos e contraindicações. Para isso, foi conduzida uma revisão de literatura integrativa, com base em artigos das plataformas BVS/MedLine, BVS/Lilacs e Pubmed. Os descritores utilizados foram “Neoplasias”, “Anticorpos Monoclonais” e “Tratamento Farmacológico”, combinados pelo operador booleano AND. Os critérios de inclusão limitaram-se a trabalhos publicados entre 2018 e 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol, excluindo relatos de casos, resumos, editoriais e duplicatas. Após triagem e análise, a amostra final consistiu em nove artigos. Desde sua criação pioneira em 1975, os mAbs evoluíram significativamente devido aos avanços na engenharia genética, que superaram a imunogenicidade inicial dos anticorpos derivados de ratos. Atualmente, versões humanizadas e humanas são amplamente utilizadas para tratar diversas doenças, incluindo câncer. Contudo, os desafios permanecem. O alto custo, a resistência terapêutica e os efeitos adversos ainda dificultam a ampla adoção dos mAbs. A engenharia genética continua expandindo possibilidades, promovendo o desenvolvimento de mAbs mais eficazes e personalizados, consolidando-os como protagonistas na terapia oncológica e no tratamento de outras condições graves.
Referências
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA. Medicamentos biológicos na prática médica / Organização AMB - Associação Médica Brasileira. Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. São Paulo: Interfarma, 2013.
BRUNETO, V. R. et al. Anticorpos monoclonais no tratamento oncológico: Revisão de Literatura para o atendimento ao paciente e manejo das reações infusionais. Archives of Health Sciences, v. 26, n. 3, p. 173–178, 2019. DOI: https://doi.org/10.17696/2318-3691.26.3.2019.1369.
BUSSEL, M. T. J.; BEIJNEN, J. H.; BRANDSMA, D. Intracranial antitumor responses of nivolumab and ipilimumab: a pharmacodynamic and pharmacokinetic perspective, a scoping systematic review. BMC Cancer. v. 19, n. 1, p. 519, 2019. DOI: https://doi.org/10.1186/s12885-019-5741-y.
CALVETTI, L. et al. The coming of ramucirumab in the landscape of anti-angiogenic drugs: potential clinical and translational perspectives. Expert Opinion on Biological Therapy, p. 1–12, 2015.
CORDEIRO, M. L. da S. et al. Anticorpos Monoclonais: Implicações Terapêuticas no Câncer. Revista Saúde & Ciência Online, v. 3, n. 3, p. 252-262, 2014. DOI: https://doi.org/10.35572/rsc.v3i3.329.
COSTA, A. S. da.; Aplicação dos Anticorpos Monoclonais na Biotecnologia. 2019. 28 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Biomedicina) - Centro Universitário De Brasília – UNICEUB, Brasília, 2019. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/13642/1/21302810.pdf.
COSTA, D. M. A.; Aplicações Terapêuticas dos Anticorpos Monoclonais. 2015. 74 p. Dissertação (Mestre em Ciências Farmacêuticas) - Instituto Superior De Ciências Da Saúde Egas Moniz, 2015.
GOMES, F.; SERRA-BELLVER, P.; LORIGAN, P.; The role of nivolumab in melanoma. Future Oncology, v. 14, n. 13, p. 1241–1252, 2018. DOI: https://doi.org/10.2217/fon-2017-0484.
KAVEH, S. et al. Bevacizumab and erlotinib versus bevacizumab for colorectal cancer treatment: systematic review and meta-analysis. International Journal of Clinical Pharmacy. 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/s11096-018-0754-1.
KÜMLER, I.; CHRISTIANSEN, O. G.; NIELSEN, D. L. A systematic review of Bevacizumab efficacy in breast cancer. Cancer Treatment Reviews, v. 40, n. 8, p. 960–973, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ctrv.2014.05.006.
LARSEN, P. B.; KÜMLER, I.; NIELSEN, D. L. A systematic review of trastuzumab and lapatinib in the treatment of women with brain metastases from HER2-positive breast cancer. Cancer Treatment Reviews, v. 39, n. 7, p. 720–727. 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ctrv.2013.01.006.
LIU, Y. C. et al. Clinical efficacy of combination of pertuzumab, trastuzumab, and docetaxel for treatment of patients with HER2-positive breast cancer. Medicine (Baltimore). v. 98, n. 38, p. e17262, 2019. DOI: https://doi.org/10.1097/MD.0000000000017262.
MACEDO, M. J. P. B. de. Estratégias e Inovações Aplicadas ao Desenvolvimento de Anticorpos Monoclonais. 2018. 50 p. Trabalho de Conclusão do Curso (Curso de Farmácia-Bioquímica) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
PRZEPIORKA, D. et al. FDA Approval: Blinatumomab. Clinical Cancer Research, v. 21, n. 18, p. 4035–4039, 2015. DOI: https://doi.org/10.1158/1078-0432.CCR-15-0612.
SANTOS, R. V. dos et al. Aplicações terapêuticas dos anticorpos monoclonais. Revista brasileira de Alergia e Imunopatologia, v. 29, n. 2, p. 77-85, 2006. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/imageBank/pdf/v29n2a04.pdf.
SANTOS-NETO, J. F. et al. Technological Advancements in Monoclonal Antibodies. The Scientific World Journal, v. 2021, p. 19, 2021. DOI: https://doi.org/10.1155/2021/6663708.
WANG, T. S. et al. A meta-analysis of bevacizumab combined with chemotherapy in the treatment of ovarian cancer. Indian Journal of Cancer, v. 51, n. 3, p. e95-e98, 2014. DOI: https://doi.org/10.4103/0019-509X.154084.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
