Síndrome Hipereosinofílica: atualizações diagnósticas, terapêuticas e perspectivas clínicas
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15260744Palavras-chave:
Síndrome Hipereosinofílica, Hematologia, TratamentoResumo
A síndrome hipereosinofílica (SHE) é um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por eosinofilia persistente e dano tecidual relacionado. A eosinofilia é definida por contagens de eosinófilos no sangue periférico acima de 1.500 células/µL por um período prolongado, geralmente superior a seis meses, na ausência de causas secundárias como infecções parasitárias ou alergias. A SHE pode afetar múltiplos órgãos, incluindo coração, pulmões, pele, sistema nervoso central e trato gastrointestinal, levando a manifestações clínicas variadas. A fisiopatologia envolve tanto mecanismos reativos quanto neoplásicos, sendo possível a identificação de mutações genéticas específicas, como FIP1L1-PDGFRA, em alguns subtipos. O diagnóstico requer uma avaliação detalhada para excluir causas secundárias e identificar variantes específicas, o que impacta diretamente o tratamento. A terapêutica inclui corticosteroides, agentes citotóxicos e terapias alvo, como os inibidores de tirosina-quinase. O prognóstico varia conforme a forma da doença e a resposta ao tratamento, sendo essencial o acompanhamento multidisciplinar. Avanços recentes em biologia molecular têm permitido melhor estratificação e personalização do manejo. A SHE continua sendo um desafio diagnóstico e terapêutico, exigindo maior conscientização médica e investigação contínua.
Referências
CURTIS, C.; OGBOGU, P. U. Hypereosinophilic syndrome. Clinical Reviews in Allergy & Immunology, v. 50, n. 2, p. 240–251, 2016.
CURTIS, C.; OGBOGU, P. U. Evaluation and differential diagnosis of persistent marked eosinophilia. Immunology and Allergy Clinics of North America, v. 35, n. 3, p. 387–402, 2015.
KLION, A. D. Eosinophilic myeloproliferative disorders. Hematology: American Society of Hematology Education Program, v. 2011, p. 257–263, 2011.
KLION, A. D. Hypereosinophilic syndrome: current approach to diagnosis and treatment. Annual Review of Medicine, v. 60, p. 293–306, 2009.
KLION, A. D. How I treat hypereosinophilic syndromes. Blood, v. 126, n. 9, p. 1069–1077, 2015.
KLION, A. D. et al. Approaches to the treatment of hypereosinophilic syndromes: a workshop summary report. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 117, n. 6, p. 1292–1302, 2006.
NOH, H. R.; MAGPANTAY, G. G. Hypereosinophilic syndrome. Allergy and Asthma Proceedings, v. 38, n. 1, p. 78–81, 2017.
OGBOGU, P. U. et al. Hypereosinophilic syndrome: a multicenter, retrospective analysis of clinical characteristics and response to therapy. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 124, n. 6, p. 1319–1325, 2009.
ROUFOSSE, F. Management of hypereosinophilic syndromes. Immunology and Allergy Clinics of North America, v. 35, n. 3, p. 561–575, 2015.
SCHUSTER, B.; ZINK, A.; EYERICH, K. Medical algorithm: diagnosis and treatment of hypereosinophilic syndrome. Allergy, v. 75, n. 11, p. 3003–3006, 2020.
SIMON, H. U. et al. Refining the definition of hypereosinophilic syndrome. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 126, n. 1, p. 45–49, 2010.
TEFFERI, A.; PATNAIK, M. M.; PARDANANI, A. Eosinophilia: secondary, clonal and idiopathic. British Journal of Haematology, v. 133, n. 5, p. 468–492, 2006.
VALENT, P. et al. Contemporary consensus proposal on criteria and classification of eosinophilic disorders and related syndromes. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 130, n. 3, p. 607–612, 2012.
WARDLAW, A. J. Eosinophils and related disorders. In: KAUSHANSKY, K. et al. Williams Hematology. 9. ed. New York: McGraw-Hill Education, 2016. cap. 61.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
