Síndrome Hipereosinofílica: atualizações diagnósticas, terapêuticas e perspectivas clínicas

Autores

  • Ana Clara Abreu Lima de Paula Universidade Federal de Juiz de Fora Autor
  • Ana Carolina Ferreira Gomes Universidade Federal de Minas Gerais Autor
  • Guilherme Escuin Gonçalves Moreira Universidade de Itaúna Autor
  • Daniel Carvalho Davalo Universidad Internacional Tres Fronteras Autor
  • Gabriel Maia Nascimento Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais Autor
  • Natália Pereira Barcelos Centro Universitário Atenas - UniAtenas Autor
  • Rayana Miranda Costa Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Autor
  • João Victor Xavier Assunção Universidade Federal de Minas Gerais Autor
  • Anderson Vieira Gentil Faculdade de Medicina de Petrópolis Autor
  • Isadora Ribeiro Lima Pereira Faculdade de Medicina Nova Esperança Autor

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.15260744

Palavras-chave:

Síndrome Hipereosinofílica, Hematologia, Tratamento

Resumo

A síndrome hipereosinofílica (SHE) é um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por eosinofilia persistente e dano tecidual relacionado. A eosinofilia é definida por contagens de eosinófilos no sangue periférico acima de 1.500 células/µL por um período prolongado, geralmente superior a seis meses, na ausência de causas secundárias como infecções parasitárias ou alergias. A SHE pode afetar múltiplos órgãos, incluindo coração, pulmões, pele, sistema nervoso central e trato gastrointestinal, levando a manifestações clínicas variadas. A fisiopatologia envolve tanto mecanismos reativos quanto neoplásicos, sendo possível a identificação de mutações genéticas específicas, como FIP1L1-PDGFRA, em alguns subtipos. O diagnóstico requer uma avaliação detalhada para excluir causas secundárias e identificar variantes específicas, o que impacta diretamente o tratamento. A terapêutica inclui corticosteroides, agentes citotóxicos e terapias alvo, como os inibidores de tirosina-quinase. O prognóstico varia conforme a forma da doença e a resposta ao tratamento, sendo essencial o acompanhamento multidisciplinar. Avanços recentes em biologia molecular têm permitido melhor estratificação e personalização do manejo. A SHE continua sendo um desafio diagnóstico e terapêutico, exigindo maior conscientização médica e investigação contínua.

Referências

CURTIS, C.; OGBOGU, P. U. Hypereosinophilic syndrome. Clinical Reviews in Allergy & Immunology, v. 50, n. 2, p. 240–251, 2016.

CURTIS, C.; OGBOGU, P. U. Evaluation and differential diagnosis of persistent marked eosinophilia. Immunology and Allergy Clinics of North America, v. 35, n. 3, p. 387–402, 2015.

KLION, A. D. Eosinophilic myeloproliferative disorders. Hematology: American Society of Hematology Education Program, v. 2011, p. 257–263, 2011.

KLION, A. D. Hypereosinophilic syndrome: current approach to diagnosis and treatment. Annual Review of Medicine, v. 60, p. 293–306, 2009.

KLION, A. D. How I treat hypereosinophilic syndromes. Blood, v. 126, n. 9, p. 1069–1077, 2015.

KLION, A. D. et al. Approaches to the treatment of hypereosinophilic syndromes: a workshop summary report. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 117, n. 6, p. 1292–1302, 2006.

NOH, H. R.; MAGPANTAY, G. G. Hypereosinophilic syndrome. Allergy and Asthma Proceedings, v. 38, n. 1, p. 78–81, 2017.

OGBOGU, P. U. et al. Hypereosinophilic syndrome: a multicenter, retrospective analysis of clinical characteristics and response to therapy. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 124, n. 6, p. 1319–1325, 2009.

ROUFOSSE, F. Management of hypereosinophilic syndromes. Immunology and Allergy Clinics of North America, v. 35, n. 3, p. 561–575, 2015.

SCHUSTER, B.; ZINK, A.; EYERICH, K. Medical algorithm: diagnosis and treatment of hypereosinophilic syndrome. Allergy, v. 75, n. 11, p. 3003–3006, 2020.

SIMON, H. U. et al. Refining the definition of hypereosinophilic syndrome. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 126, n. 1, p. 45–49, 2010.

TEFFERI, A.; PATNAIK, M. M.; PARDANANI, A. Eosinophilia: secondary, clonal and idiopathic. British Journal of Haematology, v. 133, n. 5, p. 468–492, 2006.

VALENT, P. et al. Contemporary consensus proposal on criteria and classification of eosinophilic disorders and related syndromes. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 130, n. 3, p. 607–612, 2012.

WARDLAW, A. J. Eosinophils and related disorders. In: KAUSHANSKY, K. et al. Williams Hematology. 9. ed. New York: McGraw-Hill Education, 2016. cap. 61.

Downloads

Publicado

04/22/2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

LIMA DE PAULA, Ana Clara Abreu et al. Síndrome Hipereosinofílica: atualizações diagnósticas, terapêuticas e perspectivas clínicas. Journal of Social Issues and Health Sciences (JSIHS), [S. l.], v. 2, n. 4, 2025. DOI: 10.5281/zenodo.15260744. Disponível em: https://ojs.thesiseditora.com.br/index.php/jsihs/article/view/380.. Acesso em: 5 dez. 2025.