Relação entre índice de massa corporal, qualidade do sono e sonolência diurna de estudantes universitários do curso de medicina da Universidade Vila Velha
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13357683Palavras-chave:
sono, IMC, estudantes de medicinaResumo
Objetivo: avaliar a influência do IMC na qualidade do sono e sonolência diurna dos estudantes do curso de medicina da Universidade Vila Velha (UVV). Metodologia de avaliação: Estudo do tipo observacional transversal, com acadêmicos do curso de medicina da UVV, do 1º ao 12º período. Número de indivíduos e características da amostra estudada: participaram 216 indivíduos, maiores de 18 anos, que cursam Medicina na Universidade Vila Velha em 2022. A coleta de dados será realizada em duas etapas, entre agosto de 2022 a janeiro de 2023. Intervenção realizada: Primeira etapa: termo de consentimento livre e esclarecido e ficha de avaliação com dados sociodemográficos e antropométricos. Segunda etapa: Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh5,6 e Escala de Sonolência de Epworth7,8. As análises estatísticas dos dados coletados foram realizadas no programa SPSS 20.0 (SPSS® Inc, Chicago, IL). As características dos participantes são apresentadas através de média, desvio padrão e porcentagem. Para avaliar se os dados possuem uma distribuição gaussiana foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk. Para comparação das variáveis paramétricas entre subgrupos foi realizado o teste t Student não pareado, e para variáveis não paramétricas, o teste Wilcoxon. Para verificar correlações existentes entre as variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson para os dados paramétricos ou o teste de Spearman para os dados não paramétricos. E foram considerados significantes os valores com p<0,059. Resultados encontrados: em relação ao IMC, O subgrupo 1 foi de 23,28 ± 3,94 Kg/m2. No subgrupo 2, 22,94 ± 3,29 Kg/m2. No subgrupo 3 foi de 23,21 ± 3,45 Kg/m2. Em relação a qualidade do sono, no grupo do Ciclo Básico verificou-se uma média de pontuação de 7,22 ± 3,10. No grupo do Ciclo Intermediário, a média alcançada foi de 7,17 ± 3,11 e no grupo do Internato constatou-se média de 6,86 ± 3,29. Em todos os casos, valor de p < 0,05. Em relação a sonolência diurna, a partir das médias, o grupo do Ciclo Básico foi alocado em Sonolência Anormal”, com uma média de pontuação de 10,33 ± 4,70 (p < 0,01). O grupo do Ciclo Clínico/Intermediário obteve “Moderada Sonolência”, com média alcançada de 8,83 ± 4,16 (p = 0,16) e o grupo do Internato também obteve “Moderada Sonolência Diurna”, com média de 7,79 ± 3,67 (p = 0,15). Conclusão: Os dados coletados indicam que o grupo do Ciclo Básico dos estudantes de medicina foi o mais afetado em relação ao índice de massa corpórea (IMC), qualidade do sono e sonolência diurna. O Ciclo Básico apresentou a maior média de IMC, pior qualidade do sono e maior índice de sonolência diurna em comparação com os grupos do Internato e Ciclo Clínico. Esses resultados enfatizam a relação entre o IMC, a qualidade do sono e a sonolência diurna e mostram a necessidade de atenção e intervenção nesses aspectos de saúde entre os estudantes de medicina durante o Ciclo Básico.
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